sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Peripécias dos usuários
Voltamos à BR. Operação carnaval. Fazendo uma ronda pela rodovia, de olho nos incautos, pois eles não têm vergonha de fazer besteira nem quando estamos à espreita, e de viatura ostensiva, giroflex ligado e tudo mais.
Uma picape fez uma ultrapassagem em faixa contínua, colocando em risco a si mesmo e outros motoristas que poderiam vir em sentido oposto. Mandamos encostar.
O motorista ainda fez cara de espanto. Fico impressionado! Ao olharmos o carro, 8 pessoas num carro que só cabem 5. 3 crianças de colo, sem cadeirinha, sem cinto, sem proteção nenhuma.
Fizemos todos os autos (multas) merecidos, uns 4 pelo que eu me lembre. No final, o motorista foi informado dos autos e se desesperou. A mulher dele chorou, as crianças não entenderam e começaram a chorar. Foi um chororô danado. Então, ele vem em minha direção, andando tão rápido que me fez até esperar uma agressão. Chegou perto de mim e disse: por que o senhor não pega logo sua arma e dá um tiro na minha cabeça?
Era tudo que eu queria, precisava ouvir um pedido desses. Saquei a arma e apertei o gatilho. Miolos ao chão. Desespero da família, que apesar de não saberem, eu acabara de os salvar. Porque com um pai daqueles tentando matar todo mundo na BR, eu posso me considerar salvador, não?
Mas ai eu sai do meu mundo de imaginação e vontades e só mandei ele deixar de drama e ir embora. E a família e as crianças pegaram um ônibus. E assim segue a vida, com todos vivos, inclusive o que cometeu a tentativa de múltiplos homicídios, no caso, o pai.
ps.: A parte que ele pediu o tiro é verídica.
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