PERGUNTAS FREQUENTES!

domingo, 18 de abril de 2021

O dia em que fui abordado de forma muito truculenta pela PM

Senhoras e senhoras, começarei esse texto avisando que eu não acho que todos os policiais militares são truculentos, mas existem membros em todas as forças policiais que são sim desnecessariamente truculentos e desproporcionais na hora de abordar qualquer pessoa. Esse foi o caso que aconteceu comigo, e que contarei a vocês.

Nos é ensinado na academia que o momento da abordagem é um momento crítico. Você não sabe quem está sendo abordado, e não está escrito na testa de ninguém se é ou não bandido. Então, no primeiro contato com os abordados, o policial deve ser mais enérgico e firme no que está fazendo, para caso haja qualquer reação, ele esteja pronto para agir sem perder tempo. É muito importante não acomodar e achar que ninguém vai reagir a uma abordagem policial. Temos vários exemplos de policiais mortos ou feridos nas mais diversas situações de abordagem pelo nosso país e pelo mundo.

A academia de Jiu-jitsu ficava a uns 500 metros da minha casa. Era uma academia de bairro, localizada em um conjunto de casa. Essa região era conhecida por assaltantes oportunistas, que são aqueles que não podem ver alguém vacilando na rua, que vão lá fazer seu corre, normalmente numa motocicleta e armados, para pegar um celular ou algum dinheiro. Por esse motivo eu preferia ir de carro, mesmo sendo muito próximo à minha residência.

Nesse dia, peguei meu kimono, entrei no carro e fui treinar, como fazia normalmente em todos os outros dias. Estacionei quase em frente a academia. Antes de descer do carro, olhei bem para os lados, atento para ver se não vinha nenhum desse oportunistas de moto me assaltar. Sai rapidamente, tranquei o veículo com o controle remoto e entrei na academia. Fiz a aula normalmente. Começava por volta das 19h30min e durava até 21h, alguns dias até 21h30min.

Quando eu sai da academia, notei que havia duas viaturas da Polícia Militar no começo da rua, uns 30 metros de onde eu tinha estacionado. Fiquei até mais tranquilo, já que com a presença da PM dificultaria a ação, naquele momento, de qualquer um que quisesse me fazer algum mal. Nesse dia eu daria carona para um amigo do jiu-jitsu, que também morava próximo, mas era perigoso para ele ir a pé, principalmente sozinho.

As roupas que estávamos vestindo era somente a calça do kimono. Ambos estávamos sem camisa, já que meu carro não tinha banco de couro, e o Uwagi (parte de cima do kimono) estava ensopado de suor, e também fazia muito calor. Estávamos no norte do Brasil, academia sem ar-condicionado e tivemos, como sempre, um treinamento intenso. Resultado disso: muito suor e calor. Estou contando os detalhes das vestimentas porque isso vai ser importante durante a abordagem.

Fui para o meu carro, que estava estacionado de ré em relação às viaturas. O meu amigo sentou no banco do carona. Eu, com preguiça de fazer a volta com o veículo, resolvi segui de ré pela rua, já que próximo de onde as viaturas estavam tinha um cruzamento, e seria muito mais fácil manobrar, já que a rua era bem estreita e tinha calçadas muito altas.

Quando eu estava quase chegando ao cruzamento, uma viatura se mexeu e encostou atrás do meu carro, impedindo que eu entrasse de ré no cruzamento. Pensei: porra, esse cara não viu que eu estava saindo da rua? Custava ele esperar um pouco até eu manobrar? Achando que a intenção dele era entrar na rua e vendo que a viatura não conseguiria passar, pois meu carro atrapalhava, já que tinha um carro estacionado ao lado, em paralelo ao meu, avancei um pouco, para dar passagem.

Foi quando ele encostou novamente atrás. E eu, na minha mais doce inocência, pensei: Caralho, esse cara é burro. Não viu que já dava pra passar! Então fui novamente um pouco para frente, ficando bem em frente a academia de jiu-jitsu, no mesmo lugar onde estava estacionado momentos antes. E novamente eles encostaram. Foi quando eu notei que tinha algo errado, e o carona falou: cara, acho que eles querem que a gente desça do carro.

Nesse momentos eu olhei pela janela do motorista, e vi quatro policiais apontando fuzis e pistolas para meu carro, gritando e xingando, para que eu descesse e colocasse as mãos para cima. Nessa época eu não era policial, e nem sequer já tinha atirado ou tinha qualquer intimidade com qualquer tipo de arma. Fiquei muito nervoso com a situação. Nervoso de medo.

Os caras gritavam: "desce filho da puta, desce com a mão na cabeça, seu filho da puta". Eu falei: "calma irmão, tô..." Quando fui interrompido: "cala a boca, seu merda. Cala a boca. Desce todo mundo."

Nessa hora estava eu e o colega já fora do carro, encostados no veículo com as mãos sobre o teto. As armas continuavam apontadas. Os dois PMs que não estavam de armas longas se aproximaram, um de mim e outro do colega, e começaram a nos revistas. Lembram como estávamos vestidos? Pois é, não tinha nem como escondermos qualquer tipo de arma. Mas até aí, tudo bem. Trabalho deles.

Nessa hora, como estávamos bem em frente a academia de jiu-jitsu, o mestre e os colegas de treino foram aparecendo e ficaram observando aquela abordagem. O mestre tentou falar que tínhamos acabado de sair do treino, quando foi interrompido com um cala boca.

Mandaram o carona ficar de frente para o muro, e me pediram para acompanhar a revista no veículo. Nessa hora eu falei que eles podiam baixar as armas, que não tínhamos armas e que não precisavam ficar nervosos, pois não éramos ameaça. Foi quando um deles retrucou gritando: "ninguém está nervoso aqui não". Eu falei: "eu estou, tem um monte de arma apontada para mim".

Voltando às técnicas de abordagem. Nós não representávamos mais ameaça. Eles podiam diminuir o grau de intensidade e de energia da abordagem. Poderiam parar de apontar as armas, nos deixando mais tranquilos. Você evolui a energia da abordagem de acordo com os abordados. É assim que é ensinado na academia. Acho que eles tinham esquecido.

Lembro ainda de o colega que estava encostado no muro virar para olhar o procedimento, quando foi repreendido, sem nenhuma necessidade, também com gritos: "encosta no mudo, filho da puta, não vira, põe a mão na cabeça!”. Cara, não tinha motivo nenhum de fazer isso, nós estávamos extremamente passivos e obedientes.

Nessa época eu já havia feito o concurso para perito da Polícia Civil do meu estado, e estava aguardando o resultado da prova. Mas pensava o tempo todo: como eu queria, naquele momento, já ser policial e poder me identificar para acabar com aquela abordagem desnecessariamente truculenta.

Então, quando o policial ia começar a revistar meu carro, um amigo do jiu-jitsu que estava assistindo àquilo tudo, e também era PM, chamou o chefe da guarnição, se identificou e falou que nós tínhamos acabado de sair do treino. Nessa hora o PM chefe me chamou e falou: agradece ao teu amigo ali, senão isso aqui ia ser muito pior.

Eu fico imaginando que pra ser pior que aquilo, só se eles nos batessem ou atirassem. Não entendi o motivo da abordagem tão truculenta até hoje. Para que eu teria ido em direção às viaturas se eu tivesse algo a temer? A rua tinha saída para o outro lado, caso eu quisesse fugir. Além de tudo, não me pediram nenhum documento, e todos eles estavam sem os nomes na farda.

Eu não fiquei traumatizado, mas fiquei bem aborrecido e um pouco triste. Remoí isso por algumas semanas. Acredito que não seja necessário esse tipo de atitude de nenhuma força policial. Abordar de forma firme sim, truculenta, jamais.

Comente aí se você já foi abordado assim por alguma força policial e qual foi sua reação!

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sábado, 27 de fevereiro de 2021

Pontuação Mínima no Concurso de Remoção por Lotação - Agente de Polícia Federal (2020)

Pessoal, finalmente as vagas da última remoção do cargo de Agente de Polícia Federal, com suas respectivas pontuações mínimas. Ou seja, essa planilha indica qual é o mínimo de pontos que você precisar ter acumulado para conseguir ser removido para determinada cidade.

As cidades que estão marcadas como "vagas de academia", já sabem! E também aquelas que tem a pontuação muito baixa podem ter vagas para a academia.


Senhores, para saber quanto tempo, mais ou menos, os senhores irão para cada cidade, basta pegar a pontuação da cidade de lotação, multiplicá-la pelo número de dias do ano. Aí os senhores terão a pontuação por ano daquela cidade.

Depois basta dividir a pontuação da tabela acima pela pontuação anual da cidade de lotação. Pronto, terão o tempo que será necessário para alcançar tal pontuação. Vou dar um exemplo pra facilitar. 

Você está lotado em Tabatinga/AM. Pontuação: 4,5. Essa pontuação é contada por dia. Ou seja, em um ano serão 365 * 4,5 = 1.642,5 pontos. Se você quer ir para Recife/PE, que a pontuação mínima foi 10.955,10 pontos, divida 10.955,10 por 1.642,5. O resultado é 6,6 anos.

Na planilha acima eu fiz o tempo baseado em cidade de pontuação 4.

Clique aqui para saber a pontuação de cada lotação!

Importante: essa pontuação mínima muda a cada concurso de remoção. Essa volatilidade depende muito da quantidade de concursos e, principalmente, da quantidade de vagas oferecidas nesses concursos.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Pontuação Mínima no Concurso de Remoção por Lotação - Escrivão De Polícia Federal (2019)

Pessoal, finalmente as vagas da última remoção do cargo de Escrivão de Polícia Federal, com suas respectivas pontuações mínimas. Ou seja, essa planilha indica qual é o mínimo de pontos que você precisar ter acumulado para conseguir ser removido para determinada cidade.

Nessa pontuação de escrivão eu não separei as cidades de primeira investidura. Mas basta ver aquelas que a pontuação é muito baixa.


Senhores, para saber quanto tempo, mais ou menos, os senhores irão para cada cidade, basta pegar a pontuação da cidade de lotação, multiplicá-la pelo número de dias do ano. Aí os senhores terão a pontuação por ano daquela cidade.

Depois basta dividir a pontuação da tabela acima pela pontuação anual da cidade de lotação. Pronto, terão o tempo que será necessário para alcançar tal pontuação. Vou dar um exemplo pra facilitar. 

Você está lotado em Tabatinga/AM. Pontuação: 4,5. Essa pontuação é contada por dia. Ou seja, em um ano serão 365 * 4,5 = 1.642,5 pontos. Se você quer ir para Recife/PE, que a pontuação mínima foi 10.955,10 pontos, divida 10.955,10 por 1.642,5. O resultado é 6,6 anos.

Ou seja, você precisa ficar 6,6 anos em Tabatinga para acumular a pontuação necessária para ir para Recife. 

Mas saibam que essa pontuação mínima muda a cada concurso de remoção. Essa volatilidade depende muito da quantidade de concursos e, principalmente, da quantidade de vagas oferecidas nesses concursos.

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domingo, 3 de janeiro de 2021

Aula de Simunition - Entrada em residência - Aulas da Academia Nacional de Polícia Federal - ANP

Munição de simunition!

"Então estávamos encurralados. Nos cercaram em um corredor, não tínhamos onde nos esconder. Os disparos vinham pela frente e pela retaguarda...".

Durante a ANP temos muitas aulas bem legais e divertidas. As de simulação de qualquer tipo de ação policial são as melhores, na minha opinião. Eu sempre as considerava muito melhores que qualquer aula de tiro. Não sei se é porque atiramos até enjoar na academia, e acabamos por cansar de dar tiro. Mas eu realmente prefiro as aulas de simulação. Pena que, quando fiz a ANP, eram poucas.

Nesse dia seria uma aula de simulação no SEOP (Serviço de Ensino Operacional). A missão seria fazer a entrada tática em uma residência. Bandidos armados estaria nos esperando, que seriam representados pelos professores. Para fazer esse exercício nós e os professores usaríamos umas Glocks especiais, que são feitas para atirar munição de tinta, chamadas de simunition. As munições de simunition são quase iguais às reais, mas são feita pra serem usada nessas Glocks especiais, e seu projétil é uma capsula plástica com tinta dentro.

Perguntei o porquê de não usarmos armas e munição de Airsoft. Eu achava que, se usássemos Airsoft, esse tipo de aula poderia ser ministrado com muito mais frequência, já que sairia muito mais barato que usar simunition. Responderam que a intenção é parecer o mais próximo da realidade possível, por isso se usa esse tipo de arma e munição.

Para a atividade a turma foi separada em equipes de 5 e 6 componentes. Enquanto uma equipe fazia a entrada na residência, as outras ficavam fazendo outras atividades. Não me recordo quais eram essa outras atividades, mas provavelmente alguma outra simulação ou treinamento. Quando uma equipe terminava a simulação a outra entrava. As equipes que aguardavam não assistiam às que faziam a atividade, para não terem spoiler de como seria, e acabar acabando com a diversão dos professores (mas a frente vocês entenderão).

Os alunos e professores estavam equipados quase da mesma forma. Coletes e mascaras de proteção facial. Só tinha um porém: os professores, que simulariam os bandidos, estava equipados com os carregadores cheios de munição. Ou seja, tinham munição à vontade para gastar em nós. E nós, alunos, que simularíamos os policiais, estávamos equipados com apenas duas munições no carregador. Ou seja, nós seríamos mais os "alvos" que propriamente os atiradores (olha a diversão dos professores aparecendo).

Eles falaram que dessa forma, com pouca munição, seríamos forçados a treinar mais a nossa tática de entrada! Mas acho que eles queriam só se divertir mesmo nos usando de alvo. Acho que é aquele tipo de aula em que eles combinam entre eles de ser usada para desestressá-los. O briefing antes da aula deve ser assim: rapaz, nós vamos hoje detonar os alunos na bala de tinta, quem quer? Tenho absoluta certeza de que nesses casos sempre têm mais professores voluntário para participar que vagas disponíveis para dar aula. Afinal, quem não acha divertido maltratar de aluno? Pois é!

Voltando à simulação, finalmente chegou a vez da minha equipe de participar. Como eu já era policial e já tinha feito uma academia (PRF), os professores me mandaram ficar na retaguarda e entrar por último, pois queriam alguém que não tinha experiência policial para entrar primeiro. Mal eles sabiam que era a primeira vez que eu fazia aquilo!

Na minha equipe tinha uma menina que estava quase travada de medo. Será chamada, a partir daqui, de zero meia. Claro que eu estava ansioso e tenso, acredito que a maioria da equipe também estava, afinal era uma simulação bem realista. Mas nós conseguíamos não deixar isso nos dominar. Mas a zero meia estava quase colando as placas.

Ao chegarmos na residência simulada, batemos na porta e gritamos: Polícia Federal, abram! E ninguém respondeu. Um colega, que já era Policial Civil, gritou e bateu novamente. Não havendo resposta, então ele tomou a dianteira, meteu o pé na porta até ela escancarar.

Ele foi esperto, meteu o pé e saiu da frente, porque mal a porta abriu, já fomos recebidos uma chuva de bala vindas lá de dentro, em nossa direção. Acho que os professores tinham munição infinita, tipo nos jogos de vídeo game, porque os disparos simplesmente não paravam. Quando eles finalmente deram uma pausa, acho que para recarregar, a equipe adentrou para revistar o primeiro cômodo.

Só que a zero meia colou as placas e não entrou junto. Ela estava bem na minha frente na fila, por isso não consegui seguir a equipe, travado por ela. Então ficamos nós dois do lado de fora. Assim que a equipe passou pela porta, a chuva de bala voltou.

A parte da equipe que entrou ficou abrigada na parede do primeiro cômodo. Os tiros vinham de um quarto que ficava após essa parede, um pouco mais a frente. Se me recordo bem eram 5 na equipe. Então 3 entraram e 2 ficaram fora: eu e a zero meia. Mesmo com meus insistentes comandos para ela entrar, ela travou. Ficamos uns 3 minutos nesse impasse. Até que finalmente a convenci a entrar, após uma nova pausa dos tiros.

Nos juntamos à equipe que nos esperava no primeiro cômodo, em fila. Ficamos aguardando que os professores dessem uma nova trégua nos disparos para poder prosseguir. Quando finalmente isso ocorreu, o primeiro da fila, seguido por nós, rapidamente ganhou o corredor. Havia uma porta a esquerda, que já tínhamos visto da entrada. Por isso sabíamos que era, até agora, de onde vinham a maioria dos disparos. Fatiamos para entrar e rendemos os dois "bandidos" que ali se escondiam. Acho que eles já tinham ficado sem munição, porque não atiraram e nem tentaram.

Voltamos para o corredor e prosseguimos. Nesse corredor havia mais duas portas, uma em frente a outra, ambas abertas, com mais dois cômodos. Na posição em que estávamos não dava para ver os seus interiores. De repente saiu um professor atirando de uma das portas e entrou na outra. Nessa hora todos atiraram nele também. Foi um "barata voa" da porra! 

Uns gritavam: parado polícia. Outros gritavam de dor porque já tinham sido atingidos pelos primeiros disparos. Como sou azarado, eu era um dos que gritava de dor, mesmo estando quase no final da fila, tinham me acertado. Você ser acertado não te "matava". Podia prosseguir na simulação. Nesse "barata voa" todos da equipe gastaram suas munições.

Então, para piorar, enquanto o maldito professor ficava cruzando nossa frente atirando, também apareceu um professor pela nossa retaguarda e começou a disparar. Agora estávamos sem munição e encurralados no corredor. O professor ainda continuava passando pela nossa frente, de um cômodo a outro, nos usando de alvo, enquanto o outro aparecia pela retaguarda no corredor e disparava também. Era uma chuva de gritos de dor. E tome tiro nos alunos encurralados.

Esses tiros de simunition doem e podem até causar pequenas lesões. Logo no começo, quando o professor cruzou nossa frente pela primeira vez, tomei um tiro no dedo que achei que tinha arrancado uma falange. Porque doeu muito e depois ficou dormente. Estava escuro lá dentro da casa e não dava pra ver se o melado no meu dedo era sangue ou tinta do projétil.

Enquanto eu pensava se ainda tinha parte do dedo e onde estaria perdida a minha falange, a cena mais cômica da aula acontecia: Cinco alunos encurralados, um tentando usar o outro de escudo, tomando tiro de "festim" dos professores, que atiravam à vontade. Para nós: dolorido. Para eles: muito divertido!

Os tiros finalmente cessaram. Acho que ficaram com pena. Nós pudemos finalmente prosseguir, fingindo que ainda tínhamos munição, apenas para terminar a simulação. Com certeza o objetivo era fazer a gente se fuder. Não consigo enxergar outro propósito nessa aula! E esse intento foi concluído com sucesso.

Ao terminar o exercício, fomos olhar os danos. Meu dedo ainda estava no lugar, e íntegro! O que eu achava ser sangue, era só tinta mesmo. Não teria que procurar minha falange dentro da casa. Os egos estavam meio abalados e a zero meia estava em choque, pensando se tinha escolhido o concurso certo.

Fomos para a próxima aula sujos e com alguns hematomas. Apesar disso a aula foi bem divertida. Vida que segue!

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